Corredores de ocasião são os mais suscetíveis a problemas decorrentes do esforço físico durante a prova
A mais tradicional corrida de rua do País, a São Silvestre, chega a sua 86ª edição, trazendo consigo o sonho de muitos brasileiros que desejam superar seus limites durante os 15 km do percurso. Os organizadores estimam que cerca de 20 mil corredores, entre profissionais, amadores e iniciantes participem do evento, que já integra o calendário internacional de competições.
“Os amadores que estão ali para se divertir precisam tomar mais cuidado com a saúde geral e, de preferência, passar por uma avaliação médica prévia para evitar problemas durante e depois da corrida. Não é cautela demais. Problemas como hipertensão, desidratação e dores musculares são comuns”, alerta Pablius Staduto Braga, médico do Esporte do Fleury Medicina e Saúde.
“O importante é ter em mente que não se muda ritmo de treino às vésperas de uma prova, porque as chances de algo dar errado aumentam”, ressalta o doutor Pablius. “O corredor deve pensar na continuidade do seu condicionamento físico e também no calendário esportivo do ano todo e não só na tradicional maratona paulistana. Isso porque ele pode só vir a sentir as consequências de um esforço maior ou inadequado meses depois da São Silvestre”.
O médico do esporte recomenda ainda que, ao menor sintoma de dor, deve-se procurar um especialista para avaliar se houve ou não trauma ou lesão resultante de esforço. “Todos têm uma rotina e o esporte deve fazer parte dela de forma saudável”, conclui. |