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A mulher atleta necessita de atenção especial para evitar sobrecargas e atingir bons resultados

Por ter uma fisiologia diferente, a mulher necessita de acompanhamento médico especial para a prescrição de seu treinamento físico. Dessa forma, pode evitar sobrecargas, lesões musculoesqueléticas, distúrbios hormonais e sintomas indesejáveis como a incontinência urinária
 

- O número de mulheres atletas aumentou 600% nos últimos 20 anos abrangendo um total de mais de 1,9 milhão de mulheres. Esse número é estimulado pela quantidade de eventos como as corridas, por exemplo;

- A Medicina do Esporte possui profissionais especializados em educação para a saúde da mulher, diagnóstico, tratamento clínico e procedimentos pós-cirúrgicos de recuperação de lesões. O objetivo é o retorno ao esporte, sempre respeitando os limites do organismo;

- A incidência de incontinência urinária na mulher aumenta com a idade, atingindo 25% após a menopausa. Estima-se que existam mais de 30 milhões de mulheres incontinentes só nos EUA por diversos motivos, entre os quais a sobrecarga de treino;

- A atividade física estimula o corpo a melhorar seu tecido ósseo ajudando na prevenção e tratamento da osteoporose.


A paisagem da metrópole já não é mais tão cinza porque junto com carros, ônibus e prédios, há pessoas se movimentando. E cada vez mais! Estima-se que, atualmente, pelo menos 100 corridas de ruas sejam organizadas por ano no Brasil. Só em São Paulo, em 2010 estão previstas mais de 30 até o fim do ano.

Tal número reflete o crescimento do número de inscritos nestes eventos: para se ter uma ideia, em 2003, o Troféu Cidade de São Paulo reuniu 6.200 competidores, enquanto que, em 2005, esse número subiu para 9.000 inscritos (um crescimento de 50%).

Assim como o número de inscritos, o número de mulheres atletas também aumentou consideravelmente. Segundo o IGBE (1996), em 20 anos, esse aumento é de cerca de 600%, abrangendo um total de mais de 1,9 milhão de mulheres. Em função disso, muitos problemas específicos ao sexo têm aparecido, entre eles está a tríade da mulher atleta: distúrbios alimentares, distúrbios hormonais e osteoporose.

De acordo com o médico do Esporte e coordenador do Centro de Medicina do Esporte do Hospital 9 de Julho, em São Paulo, dr. Páblius Staduto Braga, as expectativas e resultados podem ser excelentes, se a mulher respeitar os seus limites. "É preciso ter uma preocupação maior com as técnicas de treinamento, nutrição adequada, gerenciamento de estresse, qualidade do sono e metas de condicionamento físico", explica o médico. Isso tudo para evitar os problemas como sobrecarga excessiva de treinamento aeróbico (quando a corrida causa diminuição excessiva de percentual de gordura, acima do saudável), possibilidade de distúrbios hormonais, lesões musculoesqueléticas como ruptura muscular, fraturas de estresse e predisposição à osteoporose.

Aliás, a atividade física pode ser usada na prevenção e tratamento da osteoporose, doença que acomete mais a mulher na pós-menopausa, desde que as cargas de esforço sejam adequadas e o ritmo de treinamento personalizado. Outra especificidade é que a mulher atleta também pode ser mãe. "Durante a gestação, os limites dos exercícios físicos devem ser rigorosamente monitorados, mas sempre com estímulo da movimentação física", comenta.

Um estudo com quase 10 mil mulheres revela que os fatores em conjunto fazem com que o desempenho desportivo seja 6% a 15% menor nas mulheres em comparação com os homens, embora a capacidade de adaptação ao treinamento seja semelhante. Em suma, a mulher atleta, ou a que pratica exercícios físicos regularmente, deve contar com acompanhamento médico para obter orientação para a prática saudável e personalizada da atividade, orientação para consciência corporal e dos limites físicos para o treinamento. Outro aspecto muito importante é a prevenção de lesões relacionadas ao esporte e à prática de exercícios físicos, já que cerca de 80% das lesões relacionadas ao esporte ocorrem por sobrecarga ou erros de estratégia.

Além da educação para a saúde, a Medicina Esportiva atua no diagnóstico, tratamento clínico e reabilitação de lesões. Também pode realizar procedimentos pós-cirúrgicos de recuperação de lesões para o retorno ao esporte ou atividade física. "Orientar o tratamento da lesão não é o mais complicado. O importante é criar mecanismos e estratégias para que o atleta não se lesione novamente. Queremos a mulher atleta com saúde, máximo desempenho, sem comprometer sua estrutura corporal", afirma do Dr. Páblius.

Sobrecarga de treinos pode ocasionar incontinência urinária - Bastante complexo e polêmico, um dos problemas causados pela sobrecarga de treinos, compondo a tríade da mulher atleta, é a incontinência urinária. Trata-se da perda de urina involuntária que pode ocorrer na mulher atleta. Para se ter uma idéia da gravidade do problema, estudos revelam que mais da metade das mulheres apresenta o episódio de incontinência em algum momento de suas vidas e que 50% a 70% delas não procuram médicos porque acreditam que não haja cura para o problema. Para completar o quadro, 12% das pacientes apresentam dor pélvica recorrente.

Existem alguns fatores relacionados como causadores desta patologia: distúrbios alimentares, diminuição de hormônios femininos pela sobrecarga de exercícios, e, até mesmo, pelo aumento da pressão intra-abdominal no impacto excessivo de alguns esportes (saltadora de trampolim, por exemplo). Para o tratamento, é necessária a diminuição da sobrecarga e exercícios localizados para a região pélvica, musculatura envolvida nesse sintoma e prevenção.

 

Fonte: Hospital 9 de Julho

[10 de março]
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