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Estudo revela que obesidade aumenta em 44% chances de morte

 

Estudo americano revelou que Índice de Massa Corporal (IMC) está associado ao risco de morte. Pessoas com IMC entre 30 e 34,9 tem 44% a mais de chance de morte do que uma pessoa com peso normal (IMC 22,5 a 24,9). Em pacientes com obesidade mórbida (IMC 40 a 49,9) o aumento chega a 250%
 
            Estudo realizado nos EUA revelou que o índice de massa corporal (IMC) ideal está associado a menor risco de morte. Publicado na última semana no New England Journal of Medicine, o estudo analisou mortes por diferentes causas e identificou que pessoas não fumantes, com o IMC entre 20 e 24,9, vivem mais.
            Os pesquisadores descobriram que pessoas saudáveis, que nunca fumaram, e que estavam com sobrepeso (IMC 25 a 29,9) tem 13% a mais de chances de morrer devido a complicações relacionadas à obesidade.
            Em pessoas obesas, com IMC entre 30 e 34,9, o aumento de chances de morte é de 44%. Em pessoas com IMC entre 35 e 39,9 o risco é de 88% e de 250% em pacientes com obesidade mórbida, com IMC entre 40 e 49,9. “Esse estudo mostra que todos que não estão no peso ideal correm um grande risco de desenvolver doenças e não somente as pessoas com obesidade mórbida, como muitos pensam”, destaca o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Dr. Ricardo Cohen.
            O resultado é a união de dados de 19 estudos realizados com 1,5 milhões de participantes. O IMC é uma relação de peso com a altura, utilizado no mundo todo como indicador geral de saúde. O IMC pode ser calculado dividindo o peso (em quilogramas) pelo quadrado da altura (em metros).
            No Brasil, o aumento da obesidade já provoca reflexos na estatística de mortalidade. Levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde aponta um crescimento de 10% no número de mortes causadas por diabetes mellitus entre os anos de 1996 e 2007. “A obesidade já é um grande problema de saúde pública no Brasil e como conseqüência vemos o crescimento de outras doenças, como o diabetes. O número de diabéticos na América Latina deve aumentar 65% nos próximos 20 anos, atingindo 30 milhões de pessoas”, diz Dr. Cohen.
A doença, que é associada à obesidade, teve um crescimento de 10% entre os anos de 1996 e 2007. O diabetes já é a terceira causa de mortalidade do país, atrás apenas de doenças cerebrovasculares (derrame) ou do coração.
            O diretor do Departamento de Análise e Situação de Saúde, Otaliba Libânio Neto, calcula que se o Brasil manter esse ritmo de crescimento da obesidade, atingirá o mesmo padrão de obesidade da população dos Estados Unidos em 2022.
O Brasil figura entre os 10 países com maior percentual de diabéticos, com 6,4% da população geral. Ao lado de outras doenças crônicas não transmissíveis, o diabetes é um dos principais desafios da área da saúde.
 
Tratamento Cirúrgico - Vários estudos realizados estão avaliando a eficácia da cirurgia bariátrica no tratamento do diabetes tipo 2, forma mais comum da doença, em pacientes obesos. O Brasil é um dos pioneiros no procedimento.
A Cirurgia do Diabetes melhora a sensibilidade à insulina nos pacientes e a habilidade do corpo de aproveitar a glicose na corrente sanguínea. A sensibilidade à insulina é prejudicada em pessoas com diabetes tipo 2, resultando no acúmulo de açúcar no sangue. O procedimento representou 25% das 30 mil cirurgias bariátricas realizadas no país em 2009.
De acordo com um levantamento realizado pela SBCBM, dos 7.500 pacientes brasileiros que se submeteram ao procedimento no ano passado, 90% tiveram o controle total da doença ou conseguiram reduzir o uso de medicamentos, como a aplicação de insulina.
            Outro estudo, realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, acompanhou durante um ano 2.235 adultos obesos com diabetes tipo 2 que foram submetidos a cirurgia bariátrica para redução de peso.
 Dos participantes do estudo, 85,8% tomavam pelo menos um medicamento para controlar o diabetes antes da cirurgia, com uma média de 4,4 medicamentos por paciente.
Os pesquisadores descobriram que seis meses após a cirurgia, 1.669 (74,7%) dos pacientes deixaram de tomar seus medicamentos para diabetes. Depois de um ano, 80,6% dos participantes do estudo não precisavam mais de medicamentos para o diabetes e depois de dois anos esse percentual subiu para 84,5%. “Ficou cientificamente comprovado que quando restringimos o estômago e promovemos um desvio intestinal conseguimos controlar o diabetes da grande maioria dos pacientes”, afirma o presidente da SBCBM.
Os bons resultados da cirurgia para o controle do diabetes tipo 2 devem-se, basicamente, a dois fatores: a perda de peso do paciente e principalmente a alteração hormonal. “No início pensava-se que o controle da doença era consequência apenas do emagrecimento do paciente, porém os índices ligados a diabetes eram normalizados poucos dias após a cirurgia, antes que houvesse uma perda significativa de peso. Portanto, concluiu-se que a alteração hormonal também tem um papel fundamental no êxito do tratamento”, explica Dr. Ricardo.
A cirurgia pode ser indicada no tratamento de pacientes diabéticos tipo 2, com IMC (Índice de Massa Corpórea –peso dividido pela altura ao quadrado) acima de 35. Ainda está em estudo pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) a liberação do procedimento para pacientes com IMC entre 30 e 35. Para pacientes com o IMC abaixo de 30 a cirurgia ainda não é indicada, porém o Brasil desponta como o país que mais investe em estudos para adaptar o método que irá beneficiar pacientes não obesos.
Três tipos de cirurgia se mostram eficientes no controle do diabetes e, por isso, são conhecidas como Cirurgia do Diabetes: o by-pass gastrojejunal e as derivações bilio-pancreáticas (scopinaro e “duodenal switch”). As três técnicas criam um atalho para o alimento, que é desviado do duodeno e chega antes à parte final do intestino. Esse desvio altera a secreção de alguns hormônios intestinais, como o GLP-1, cujo aumento estimula a produção de insulina, resultando na melhora ou até mesmo no controle do diabetes tipo 2.
 
[17 de dezembro]
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