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Caminhada pela osteoporose reuniu 350 pessoas na Mooca

O evento realizado anualmente busca sensibilizar as pessoas a respeito de uma grave doença que acomete a terceira idade

Num domingo de muito sol, dia 23 de outubro, a IV Caminhada de Combate pela Osteoporose reuniu 350 pessoas, na Mooca, em prol da mesma causa: a prevenção da osteoporose.
 
“Há trinta anos atrás, a maioria das pessoas considerava que a osteoporose e as  fraturas na terceira idade eram inerentes ao envelhecimento. Essa visão mudou.  Atualmente, trabalhamos com um novo conceito: você nunca é muito jovem ou muito velho para cuidar da saúde dos seus ossos. A prevenção da osteoporose deve começar na infância, mas seja qual for a sua idade, os  hábitos que você adota, agora, podem afetar a sua saúde óssea para o resto de sua vida. Este é sempre o momento certo para pensar em prevenção. Apesar de sua natureza ‘silenciosa’, a osteoporose não é uma doença que pode ser ignorada”, alerta o reumatologista Sérgio Bontempi Lanzotti, idealizador da IV Caminhada de Combate à Osteoporose.
 
E quando lidamos com uma doença crônica,além do tratamento medicamentoso e do apropriado acompanhamento médico, precisamos investir e promover mudanças no estilo de vida do paciente. “É muito difícil convencer o paciente que além da cirurgia, do medicamento, do acompanhamento médico regular, ele precisa mudar também posturas e comportamentos para manter a osteoporose sob controle. Por isto, realizamos anualmente esta caminhada de combate à doença, visando conscientizar a população a respeito dos fatores de risco modificáveis”, explica o reumatologista Sérgio Bontempi Lanzotti, que dirige o Iredo, Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares.
 
Um destes fatores, por exemplo, é  a prática de exercícios físicos, muito importante para a prevenção e para retardar a progressão da osteoporose. “A prática leve de exercícios não interfere na saúde óssea, mas o exercício moderado - mais de 3 dias por semana, totalizando mais de  90 minutos semanais - reduz o risco de osteoporose e de fraturas em homens e mulheres com mais idade.  O ideal, em termos de prevenção da doença, é que os exercícios sejam feitos de forma regular e ao longo da vida. Esta é a mensagem chave que procuramos transmitir durante o evento”, recomenda Lanzotti.
 
Longas caminhadas rápidas e regulares melhoram a densidade óssea e a mobilidade. A maioria dos idosos deve evitar exercícios aeróbicos de alto impacto - como a ginástica aeróbica - pois eles aumentam o risco de fraturas osteoporóticas. Embora os exercícios aeróbicos de baixo impacto - como a natação e o ciclismo - não aumentem a densidade óssea, eles são excelentes para o condicionamento cardiovascular do idoso e devem ser parte de um regime regular de treinamento físico.
 
“Já os exercícios com pesos exercem tensão muscular e óssea e, em jovens, podem aumentar a densidade óssea em até 8% ao ano.  Para mulheres na menopausa estes exercícios são muito protetores. Um treinamento de musculação cuidadoso também é muito benéfico para as pessoas de meia-idade e idosos, especialmente mulheres”, diz o diretor do Iredo.
 
É preciso lembrar que quando o idoso é diagnosticado com osteoporose, ele já pode ter desenvolvido outras doenças crônicas relacionadas ao envelhecimento. “Por isso, antes de iniciar qualquer programa de exercícios, os pacientes mais velhos ou aqueles que apresentam graves condições clínicas devem conversar com seus médicos”, alerta o reumatologista.
 
Excesso de proteção solar
 
Segundo Sérgio Lanzotti, outro fator de risco modificável relacionado à osteoporose é o excesso de proteção solar.
 
“Na palestra para a comunidade, que realizamos previamente à caminhada, no dia 21 de outubro, na Universidade Anhembi Morumbi, um dos temas que abordamos foi exatamente este: a falta de exposição à luz solar é um comportamento de risco para o desenvolvimento da osteoporose, principalmente para pessoas de pele clara. Passar a vida inteira evitando a exposição ao sol pode deixar o organismo deficiente de vitamina D. Um número crescente de pessoas -  um em cada três adultos - sofre de deficiência de vitamina D devido à falta de exposição ao sol e à má alimentação. Esta condição aumenta o risco de osteoporose e fraturas em até 60%”, explica o médico.
 
Não há dúvidas  que o risco de câncer de pele é real. Há uma linha tênue entre a obtenção de uma quantidade suficiente de vitamina D e o de não ter aumentando o risco de câncer de pele. “Usar um protetor solar fator 50, por exemplo, pode diminuir a síntese de vitamina D em 95%, o que efetivamente pára a produção do nutriente no organismo”, alerta o reumatologista.
 
De acordo com Lanzotti, que também é especialista em densitometria óssea, “todos precisam de alguma exposição ao sol com a pele desprotegida, mas o tempo desta exposição varia de indivíduo para indivíduo. Em geral, quanto mais rápido sua pele tende a queimar,  mais rápido seu organismo produz vitamina D. Assim, uma pessoa de pele muito clara não precisará mais do que 10 minutos ao sol sem proteção”, alerta o médico.
 
União de esforços em prol da mesma causa
 
“Considero que, após esta quarta edição, o nosso evento está maduro e deve constar do calendário oficial anual dos grandes eventos de saúde realizados na cidade de São Paulo. A mobilização por uma causa – a prevenção da osteoporose – não se inicia e nem se encerra na realização de um evento. Nossa caminhada foi um marco num processo contínuo ao qual dedico minha atenção especial. De antemão, já convido a todos para a V Caminhada de Combate à Osteoporose, em 2012”, afirma Sérgio Bontempi Lanzotti.
[28 de outubro]
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